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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Acima de tudo o amor.

(primeira epístola de São Paulo aos Coríntios)

Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, e não tivesse Amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.

E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse montanhas, e não tivesse Amor, nada seria.

E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tivesse Amor, nada disso me aproveitaria.

O Amor é paciente, é benigno; o Amor não é invejoso, não trata com leviandade.

Não se ensoberbece, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade.

Tudo tolera, tudo crê, tudo espera e tudo suporta.

O Amor nunca falha. Havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; mas quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.

Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.

Agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o Amor.

Um 2011 repleto de saúde, paz, sabedoria, fé, esperança e muito AMOR!!!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Psicopata ou psicótico?


Muito se confunde, entre os leigos, a psicopatia com os transtornos psicóticos. Contudo, fixar essa diferença pode ser importante para o efeito de se aferir, por exemplo, a imputabilidade penal.

Portadores de transtornos psicóticos são aqueles que, em surto, rompem com a realidade, não conseguindo separar o real do imaginário. É o caso do matemático John Nash, que deu origem ao filme “Uma Mente Brilhante”, estrelado por Russel Crowe. É importante esclarecer, porém, que os pacientes psicóticos, quando medicados, podem permanecer estáveis, levando uma vida saudável.

A psicopatia, por outro lado, é um transtorno da personalidade, cujo portador apresenta como principal característica um padrão global de desrespeito e violação dos direitos alheios. Costuma se manifestar na infância ou no começo da adolescência, e progride na idade adulta, mas o diagnóstico só pode ser fechado a partir dos 18 anos de idade.

Diferentemente do psicótico, o psicopata não rompe com a realidade: sabe exatamente o que faz e planeja meticulosamente como fazer, no propósito de não ser pego. A manipulação é uma das principais características da psicopatia, normalmente aliada à ausência de empatia. Buscando alcançar o que querem, os psicopatas manipulam e enganam as pessoas, não conseguindo, em nenhum momento, colocar-se no lugar do outro.

Diante de tais considerações, conclui-se que se um transtorno psicótico pode eventualmente induzir inimputabilidade penal do agente, tratamento distinto deve ser conferido ao psicopata. Este, conforme salientado, tem a capacidade de extrair a possível ilicitude de um ato.

Autora: Karina Alecrim Bessa.
Publicado no periódico "A Crítica", Manaus-AM, pag. C7, Coluna "Direito de Expressão", no dia 14/12/2010. Direitos autorais reservados.



KARINA ALECRIM BESSA

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Ansiedade Nossa de Cada Dia...

Postagem 1
Nosso primeiro post foi sobre ansiedade. Lá você poderá encontrar algumas informações úteis sobre este tema. Mas, em razão dos sintomas de ansiedade serem freqüentes em nossos dias, decidimos criar essa coluna, intitulada “Ansiedade Nossa de Cada Dia...”, onde periodicamente estaremos postando dicas de como lidar melhor com a ansiedade.

Inicialmente, é importante esclarecer o que é ansiedade. No primeiro post deste blog está que sentir ansiedade não é necessariamente patológico. Ou seja, a ansiedade está presente em nossas vidas sem que isso implique em estarmos doentes. Na verdade, a ansiedade tanto existe quanto é necessária para garantir nossa própria sobrevivência. Por exemplo, imagine que você está caminhando tranquilamente por uma calçada e sem prévio aviso, um enorme (e feroz) cão aparece correndo em sua direção. O que acontece? Seu coração dispara, sua respiração fica superficial e acelerada, você começa a suar e também a correr... quando você percebe já está encima de uma árvore e muito ofegante nota que o animal está amarrado e não teria como lhe atingir. Nesse momento você respira aliviado, desce da árvore e segue seu caminho normalmente. Essa é a ansiedade normal, que alerta você quando há uma ameaça e, por meio de manifestações físicas, coloca você em posição de luta ou fuga. Tudo isso para garantir sua sobrevivência. É claro que é saudável.

Por outro lado, há momentos em que a ansiedade existe e persiste sem causa específica. Nessas situações, em que a ansiedade não tem causa específica ou é desproporcional ao que lhe deu causa é que dizemos que se tornou patológica. Quando a ansiedade se torna patológica causa grande sofrimento e constitui o que chamamos de transtorno de ansiedade. São vários os transtornos de ansiedade, e você pode ver esse elenco em nosso post de julho / 2010.

Muito bem, mas o que podemos fazer para combater a ansiedade e todo o desconforto causado por ela? Em primeiro lugar é preciso saber qual a intensidade dos seus sintomas de ansiedade. Caso a intensidade seja moderada / alta é melhor que você procure ajuda profissional. Quem são os profissionais habilitados a diagnosticar e tratar um transtorno de ansiedade? Os profissionais de saúde mental são os únicos com formação específica para atuar nessa área. Estes profissionais são o psicólogo clínico e o psiquiatra. Isso porque os transtornos de ansiedade são tratados, basicamente, por duas vias: psicoterápica (Psicólogo Clínico) e farmacológica (Médico – Psiquiatra). Caso a intensidade de seus sintomas seja baixa ou caso você já esteja em tratamento pode se beneficiar de algumas técnicas para aliviar a ansiedade. No post de hoje, ensinaremos a técnica da respiração diafragmática ou abdominal.

Respiração Diafragmática ou Abdominal:

Quando estamos ansiosos nossa respiração tende a ficar mais rápida e superficial, onde o peito se movimenta e não o abdômen. A respiração abdominal ou diafragmática é utilizada em práticas como o yoga e também ensinada em psicoterapia, como coadjuvante no tratamento dos transtornos de ansiedade, por seu efeito relaxante.

Aprendendo a respiração diafragmática:


(Figura de alfa1.org)

Deite-se e coloque uma mão sobre o abdômen e outra sobre o peito, conforme a figura acima;

Sinta-se confortável;

Infle sua barriga e inspire lentamente. Sinta o ar entrando e enchendo seus pulmões. Atenção: seu abdômen deve subir e não seu peito;

Agora expire, solte o ar lentamente. Você vai sentir seu abdômen descer nesse momento;

Repita esse movimento durante dez vezes. Veja que quando você inspirar, seu abdômen vai subir e quando você expirar, seu abdômen vai descer. Para acompanhar esses movimentos, mantenha uma mão sobre o peito e outra sobre o abdômen;

Você deve tentar deixar o peito imóvel durante este exercício;

Quando estiver dominando a prática, poderá executá-la sempre que houver necessidade e não precisará deitar ou ficar em qualquer posição específica. Entretanto, no início, o ideal é que você a pratique ao menos duas vezes ao dia, durante 5 minutos, todos os dias.

Muito bem, agora, escolha uma horinha do dia para dedicar a você. Coloque um CD de músicas relaxantes e mãos à obra!


Direitos Autorais Reservados.

KARINA ALECRIM BESSA