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sábado, 26 de fevereiro de 2011

É hoje!!! E o vencedor do sorteio é....

E o número 20 é...

LÍVIA KEITH LELIS DA SILVA!!!

PARABÉNS!!!

Estarei entrando em contato, via e-mail, para realizar o envio do livro.

Tenho certeza que você vai adorar meditar com Daniel Goleman!

Para os que não foram sorteados: não desanimem. Novos sorteios virão!

Preciso compartilhar com vocês minha primeira experiência com sorteios. Vocês sabem que sou aprendiz no assunto "blog". Assim, quando decidi realizar este sorteio pesquisei na internet sobre como poderia viabilizá-lo e encontrei um material muito bom no blog "Báhh Blog", da Bárbara.
As orientações do blog da Bárbara foram fundamentais, pois aprendi a usar o "google docs" e o "random.org". Entretanto, hoje após realizar o sorteio no "random.org" passei um sufoco: não conseguia salvar a imagem com o número sorteado para postar no blog.  Conforme orientação que obtive no Bláhh Blog, tentei usar o "print screen", mas não tenho programa para editar imagens (ou se tenho ainda não aprendi a usar..rs...), daí copiei para o Word e não conseguia salvar no formato imagem (claro!..rs..).
Tentei de todas as formas, inclusive inserindo como "gaget em html". Mas, para minha surpresa, a janelinha do "random.org" apareceu em branco e eu já havia sorteado o númeero 20 lá no "random.org"! Pensei: e agora? Bom, sabem como resolvi a situação? Imprimi a janela com o número sorteado e escaneei. Por favor, não rolem de rir! :)

Um sábado maravilhoso a todos!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Terapia Cognitiva

Penso, logo sinto.

A terapia cognitiva é uma abordagem estruturada, diretiva, ativa, de prazo limitado, usada para tratar uma variedade de transtornos psiquiátricos (por exemplo, depressão, ansiedade, fobias, queixas somáticas, etc.). Ela se fundamenta na racionalidade teórica de que o afeto e o comportamento de um indivíduo são, em grande parte, determinados pelo modo como ele estrutura o mundo (Beck, 1997).

O modelo da terapia cognitiva baseia-se na visão de que estados estressantes, como ansiedade e depressão, frequentemente são mantidos ou exacerbados por maneiras de pensar exageradas ou tendenciosas. O papel do terapeuta é ajudar o paciente a reconhecer seu estilo idiossincrático de pensamento e a modificá-lo pela aplicação da evidência e da lógica. Portanto, a terapia cognitiva origina-se de uma linha antiga e respeitada de modelos baseados na razão, como os diálogos socráticos fundamentados na lógica e o método aristotélico de coleta e categorização de informações sobre o mundo real (Leahy, 2006).
A terapia cognitiva é um modelo em que as situações ativam pensamentos, que geram uma conseqüência com respostas emocional, comportamental e física. Há uma interação recíproca de pensamentos, sentimentos e ambiente (Knapp, 2004).

Qualquer alteração em um dos componentes supracitados interfere nos demais. O trabalho na terapia cognitiva inicia geralmente tentando identificar os pensamentos automáticos. Todos temos pensamentos automáticos, eles não são exclusivos de portadores de transtornos psiquiátricos (Wright, 2008).

Temos milhares de pensamentos diariamente, muitos dos quais passam totalmente despercebidos, porque não estamos conscientes deles. Constantemente interpretamos e avaliamos situações que ocorrem conosco. Quando as pessoas tem problemas, algumas vezes é porque elas interpretam os eventos inadequadamente e, em conseqüência, reagem de uma forma inadequada. Outras vezes, a pessoa enxerga a situação de uma forma acertada, mas não sabe lidar com ela de maneira adequada. Na terapia cognitiva, o trabalho é principalmente identificar os pensamentos que passam na cabeça da pessoa, descobrir se as avaliações e interpretações que ela dá para as situações estão acertadas e se é útil pensar e olhar para as coisas da forma como a pessoa olha (Knapp, 2004).

O autor nos apresenta um quadro com as principais distorções cognitivas (pensamentos disfuncionais), vejamos abaixo:

1. CATASTROFIZAÇÃO : pensar que o pior de uma situação irá acontecer, sem levar em conta a possibilidade de outros desfechos. Acreditar que o que aconteceu ou irá acontecer será terrível e insuportável. Eventos negativos que podem ocorrer são tratados como catástrofes intoleráveis, em vez de serem vistos em perspectiva.
Exemplos: perder o emprego será o fim da minha carreira. Eu não suportarei um divórcio. Se eu perder o controle, será meu fim.

2. RACIOCÍNIO EMOCIONAL: presumir que sentimentos são fatos. “sinto, logo existe”. Pensar que algo é verdadeiro porque tem um sentimento (na verdade um pensamento) muito forte a respeito. Deixar os sentimentos guiarem a interpretação da realidade. Presumir que as reações emocionais necessariamente refletem a situação verdadeira.
Exemplos: Eu sinto que meu marido não gosta de mim. Eu sinto que os colegas estão rindo de mim. Sinto-me desesperado, portanto a situação é desesperadora.

3. POLARIZAÇÃO (pensamentos tudo ou nada): Ver a situação em duas categorias apenas, mutuamente exclusivas, em vez de num continuum.
Exemplos: Deu tudo errado na festa. Devo tirar a nota máxima ou serei um fracassado. Ou algo é perfeito, ou não vale a pena. Todos me rejeitam. Tudo foi uma grande perda de tempo.

4. ABSTRAÇÃO SELETIVA (visão em túnel, filtro mental, filtro negativo): Um aspecto de uma situação complexa é o foco da atenção, enquanto outros aspectos relevantes da situação são ignorados. Uma parte negativa (ou mesmo neutra) de toda uma situação é realçada, enquanto todo o resto positivo não é percebido.
Exemplos: Veja, todas essas pessoas não gostam de mim. A avaliação do meu chefe foi ruim (focando apenas um único comentário e negligenciando todos os positivos).

5. ADIVINHAÇÃO: Prever o futuro. Antecipar problemas que talvez não venham a existir. Expectativas negativas estabelecidas como fatos.
Exemplos: Não irei gostar dessa viagem. Ele não aprovará minha decisão. Dará tudo errado.

6. LEITURA MENTAL: Presumir, sem evidências, que sabe o que os outros estão pensando, desconsiderando outras hipóteses possíveis.
Exemplos: Ele não está gostando da minha conversa. Ele não gostou do meu projeto. Ele está me achando inoportuno.

7. ROTULAÇÃO: Colocar um rótulo global, rígido em si mesmo, numa pessoa ou situação, em vez de rotular ou o comportamento específico ou a situação.
Exemplos: Sou incompetente. Ele é uma pessoa má. Ela é burra.

8. DESQUALIFICAÇÃO DO POSITIVO: Experiências positivas e qualidades que conflituam com uma visão negativa são desvalorizadas porque “não contam” ou são triviais.
Exemplos: O sucesso obtido naquela tarefa não importa, porque foi muito fácil. Eles só estão elogiando meu trabalho porque estão com pena.

9. MINIMIZAÇÃO E MAXIMIZAÇÃO: Características e experiências positivas em si mesmo, no outro ou nas situações são minimizadas, enquanto o negativo é maximizado.
Exemplos: Eu tenho um ótimo emprego, mas todo mundo tem. Obter notas boas não quer dizer que sou inteligente, os outros obtem melhores notas do que as minhas.

10. PERSONALIZAÇÃO: Assumir a culpa ou responsabilidade por acontecimentos negativos, falhando em ver que outras pessoas e fatores também estão envolvidos nos acontecimentos.
Exemplos: O chefe estava com a cara amarrada, devo ter feito algo errado. É tudo culpa minha. Não consegui manter meu casamento, ele terminou por minha causa.

11. HIPERGENERALIZAÇÃO: Perceber num evento específico um padrão universal. Uma característica específica numa situação específica é avaliada como acontecendo em todas as situações.
Exemplos: Eu sempre estrago tudo. Eu não me dou bem com as pessoas.

12. IMPERATIVOS (“deveria” e “tenho que”): Interpretar eventos em termos de como as coisas deveriam ser, em vez de simplesmente considerar como as coisas são. Afirmações absolutistas na tentativa de prover motivação ou modificar um comportamento. Demandas feitas a si mesmo, aos outros e ao mundo para evitar as conseqüências do não cumprimento dessas demandas.
Exemplos: Eu tenho que ter controle sobre todas as coisas. Eu devo ser perfeito em tudo que faço. Eu não deveria ficar incomodado com isso.

13. VITIMIZAÇÃO: Considerar-se injustiçado ou não entendido. A fonte dos sentimentos negativos é algo ou alguém, havendo recusa ou dificuldade de se responsabilizar pelos próprios sentimentos ou comportamentos.
Exemplos: Meu marido não entende meus sentimentos. Faço tudo pelos meus filhos e eles não agradecem.

14. QUESTIONALIZAÇÃO (e se?): Focar o evento naquilo que poderia ter sido e não foi. Culpar-se pelas escolhas do passado e questionar-se por escolhas futuras.
Exemplos: Se eu tivesse aceitado o outro emprego, estaria melhora agora. E se o novo emprego não der certo? Se eu não tivesse viajado, isso não teria acontecido.

A medida que o paciente começa a identificar e nomear distorções cognitivas, inicia-se um trabalho no desenvolvimento de respostas alternativas para contrapor o impacto negativo dessas interpretações disfuncionais (Knapp, 2004).

Surge, assim uma pergunta:

O pensamento positivo seria a solução?

Não. Padesky, em “A mente vencendo o humor” (1999) esclarece a questão, vejamos:

Embora nossos pensamentos influenciem nosso humor, comportamentos e reações físicas, o pensamento positivo puro e simples não é a solução. A maioria das pessoas ansiosas, deprimidas ou irritadas diz que “ter apenas pensamentos positivos” não é tão simples assim. De fato, se realmente tentarmos ter somente pensamentos positivos quando experimentamos um estado de humor forte, podemos não perceber sinais importante de que algo está errado.

A terapia cognitiva sugere, ao contrário, que a pessoa considere o maior número de ângulos possível de um determinado problema. Olhar a situação de muitos pontos de vista diferentes (positivos, negativos e neutros) pode levar a pessoa a novas conclusões e soluções.

Suponhamos que uma pessoa, que chamaremos de Marisa, perdeu o emprego. Se Marisa acreditar que foi despedida por ser estúpida e por ter cometido erros demais e se concentrar somente nessas idéias, provavelmente ficará deprimida e se convencerá de que não poderá ter sucesso em nenhum outro emprego. Sua vida profissional está terminada, é fim de linha.

Entretanto, se além de repassar seus erros, Marisa pensasse sobre suas qualidades profissionais poderia se concentrar mais objetivamente em seus pontos fortes e nas habilidades profissionais que precisam ser melhoradas, enquanto procura um novo emprego. Talvez, a perda do emprego não fosse inteiramente, nem mesmo em parte, sua culpa. Talvez, tivesse sido despedida devido a problemas econômicos da empresa ou devido a uma discriminação no trabalho.

Assim, percebemos que a interpretação que damos aos eventos, os pensamentos e crenças que construímos são os responsáveis por nossos estados de humor e , consequentemente, por nosso comportamento.

Fica claro que a terapia cognitiva não é um processo para estimular o pensamento positivo. Ao contrário, ela demonstra o poder do pensamento realista, isto é, na extensão em que se pode conhecer a realidade (Leahy, 2006).

O mesmo autor continua elucidando que o sistema de conhecimento sobre o qual a terapia cognitiva se baseia é aberto. Novos fatos e evidências podem surgir. Portanto, o terapeuta cognitivo apresenta ao paciente uma visão pragmática do conhecimento – em essência, formulando a pergunta central: “como esse pensamento vai afetá-lo?”. Ou: “que conseqüências você vai vivenciar ao acreditar que precisa da aprovação de todos?”. O objetivo é fazer com que o paciente perceba que sentir desaprovação, por exemplo, não resulta em nenhuma mudança na sua vida real. O intuito é testar, de forma pragmática, o terror evocado pela crença.

Referências:

BECK, Aaron T. “Terapia cognitiva da depressão”. Porto Alegre: Artmed, 1997.

GREENBERGER, Dennis & PADESKY, Christine. “A mente vencendo o humor”. Porto Alegre: Artmed, 1999.

KNAPP, Paulo. Terapia cognitivo-comportamental na prática psiquiátrica”. Porto Alegre: Artmed, 2004.

LEAHY, Robert L. “Técnicas de terapia cognitiva: manual do terapeuta”. Porto Alegre: Artmed, 2006.

WRIGHT, Jesse H. & outros. “Aprendendo a terapia cognitivo-comportamental: um guia ilustrado”. Porto Alegre: Artmed, 2008.

KARINA ALECRIM BESSA

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Valores Superiores

Esta semana li e me deliciei com o livro “Adolescentes: quem ama educa!”, de Içami Tiba. O livro é simplesmente fantástico, seja para quem tem adolescentes em casa, para quem trabalha com educação, comportamento humano ou simplesmente para quem deseja entender um pouco melhor esse turbilhão que se chama adolescência e não cometer gafes como, por exemplo, rotular os adolescentes de aborrecentes.

O livro aborda vários temas, como as etapas do desenvolvimento; adolescência precoce (tweens) e tardia (geração carona); sexo, drogas e música eletrônica; pais que não tem tempo; dentre tantos outros.

Vários temas chamam a atenção, mantém o leitor atento e reflexivo. Entretanto, um em especial me pareceu muito pertinente ao momento atual, onde a sociedade vive uma inversão total de valores, mergulhada em fundas águas de futilidade. Trata-se do tema:

Valores Superiores.

Tiba inicia colocando que há momentos em que as pernas dobram, falham os mundos interno e relacional, o chão falta, a noção do tempo se esvai, mas a pessoa não tomba e sobrevive porque seu equilíbrio é mantido como se estivesse pendurado por um fio invisível no seu mundo acima, nos seus valores superiores.

O autor continua elucidando que para as religiões, o valor superior é Deus. Para os ateus, o valor máximo é o amor, uma forma de religiosidade. A partir desse momento, inicia o elenco dos valores superiores imprescindíveis à humanidade, conforme abaixo:

Amor: o amor é um terceiro elemento que se forma a partir do encontro de duas pessoas. Ele não está pronto antes do contato das pessoas. É por isso que cada amor tem sua história própria, tem sua identidade. No verdadeiro amor, o vínculo desenvolvido entre as pessoas é maior que as próprias pessoas. Em nome do amor, um não trai o outro, mesmo na sua ausência. O amor também explica porque um homem, há dois milênios, aceitou ser crucificado para salvar a humanidade. Seu corpo morreu, mas sua presença continua viva até hoje entre os cristãos. O amor de mãe para com seus filhos demonstra o quanto para a mãe o filho é importante, até mais importante que sua própria existência. O amor existe em todas as formas de relacionamentos humanos progressivos.

Gratidão: Sensação de bem-estar por reconhecer um benefício recebido. É uma sensação prazerosa que pode ser transformada em sentimento que dificilmente se esquece. Para reconhecer, é preciso primeiro identificar. Muitas crianças não são gratas aos seus pais, pois nem identificam o benefício recebido. Para que elas sejam gratas, é importante que os pais ensinem as crianças a identificar o que outras pessoas fazem por e para elas, e como foi gostoso receber. É de boa educação que se agradeça o que se recebe. Agradeça em voz alta, clara e para fora, olhando no fundo dos olhos da outra pessoa. Assim, a gratidão passa a ter um significado de retribuição do bom sentimento que a pessoa teve quando fez ou trouxe o benefício para ela. O princípio fundamental é que não se maltrata a quem sentimos gratidão. Portanto, a gratidão gera bons sentimentos. Temos que ensinar as crianças a serem gratas e a manifestarem a sua gratidão.

Cidadania: Pode-se aprender em casa desde pequeno, cuidando do brinquedo e guardando-o de volta depois que acabar de brincar. É a cidadania familiar. Quem não cuida do que tem pode perdê-lo. Quem cuida, aprende o sentido de propriedade, de respeito a ela, de preservar e melhorar o ambiente ocupado, de cuidar da casa, da escla, da sociedade, para sair do local e pessoas (mundo) deixando-os melhores do que quando chegou.

Entrou, acendeu a luz, usou o banheiro? Aperte a descarga, lave as mãos, limpe a pia e apague a luz antes de sair. É o mínimo que se espera que um cidadão faça. Não é preciso que haja alguém olhando. Faça assim por ser esse um valor internalizado seu, de cuidar da sua sociedade e de gratidão ao próximo.

Religiosidade: Gente gosta de gente. É a força gregária que nos faz procurar uns aos outros. É o amor horizontal, num mesmo nível. Um recém-nascido já nasce identificando rostos humanos como se fosse algo atávico, quase genético. A religiosidade é a força de união entre as pessoas, uma sensação que precede o conhecimento da pessoa. Só de ver uma pessoa, antes mesmo de conhecê-la, já estabelecemos com ela um contato diferente d que estabelecemos com o resto dos seres vivos neste mundo. Aos 3 meses de idade, o bebê identifica qualquer ser humano e sorri para ele, não importa se parente, amigo ou inimigo.

A religião é uma criação humana. Pessoas ligadas entre si, com crenças em comum, estabeleceram e organizaram códigos de ética e valores, hierarquias, rituais e locais cerimoniais com padrões morais próprios e fundaram uma religião, espiritualizando a religiosidade. É uma relação vertical entre a divindade e o ser humano. Assim, a religiosidade precede a religião. É interessante observarmos que pessoas de diferentes religiões podem se ligar pela religiosidade, justificando casamentos e uniões entre pessoas cujas respectivas religiões são até antagônicas.

Disciplina: Entendida não como o ranço do autoritarismo, mas como qualidade de vida, a disciplina é um valor que tem que ser aprendido, desenvolvido e praticado para uma boa convivência social. Faz parte dela o princípio de que tudo tem começo, meio e fim. Assim, deve-se terminar o que se começa. Não se deve tomar nada de ninguém, porque cada um deve preparar o que quer e não se apossar do que o outro preparou. Bancar o espertinho e furar filas, atrapalhando a vida de quem quer que seja, não é ato de cidadão. Portanto, disciplina faz parte da cidadania.

Tudo tem o tempo certo para ser feito. Não se fazem grandes plantações nem se planta uma flor em tempo não adequado, como também não se colhem os frutos nem a flor quando se deseja, mas quando eles estão prontos. Para chegar à colheita, houve o seu tempo necessário. Assim também deveríamos respeitar e cumprir o tempo necessário até nos pequenos atos de cada dia. Não se toma uma condução na hora que simplesmente deu vontade, mas sim quando há veículos (avião, ônibus, caros, navios, etc.). Não se corre atrás da saúde somente quando maias se precisa dela, isto é, quando se está doente.

Não se ganham competições sem preparo, tampouco se fazem campeões sem competência. A maior liberdade do ser humano é a liberdade de escolha, mas sua maior qualidade é a disciplina para realizar as escolhas.

Solidariedade: É a capacidade que os seres humanos tem para compartilhar entre si alegrias e tristezas, vitórias e derrotas, responsabilidades, necessidades, etc. Quando bandos de gnus africanos migram em busca de água e pastagem, eles estão cumprindo um comportamento predeterminado pela genética. A força da migração é muito maior que a da solidariedade, pois enquanto uns morrem, outros vão seguindo seu destino imutável. Quando um ser humano morre, o luto é um rito de solidariedade voluntária, quando todos dividem o sentimento de perda de uma pessoa querida. Os sentimentos de querer dividir as glórias conquistadas, são bases voluntárias da solidariedade, que fortalecem a cidadania.

Compartilhamos as dores, fortalecemos os vínculos. Solidariedade e amor são entidades que quanto mais são divididas, mais elas aumentam, num milagre matemático da vida.

Ética: Se desde criança os pais ensinam ativamente a prática da ética, esta passa a fazer parte do quadro de valores dela. O que for bom para uma pessoa tem que ser bom para todas as pessoas. Se uma criança fizer algo que constranja os pais, por mais inocente que seja, ela não está sendo ética. Os pais não deveriam “engolir sapos”, mas educá-la dizendo que “não se faz o que não é ético”, explicando-lhe que ninguém deve sofrer pelo que ela faz. A ética deveria ser como oxigênio do nosso comportamento, para a saúde integral da nossa vida: essencial, porém quase invisível. A ética é discreta por princípio. Hitler era inteligente, competente, empreendedor, líder público, mas não tinha ética.

Façamos a nossa parte, vivenciando diariamente esses valores e transmitindo pelo exemplo toda essa riqueza aos nossos filhos.

KARINA ALECRIM BESSA